Reciclagem de aparas
Curso aborda novo conceito e tendências
A ABTCP realizou o Curso de
Reciclagem de Aparas, nos dias 26 e 27 de maio, em Caçador,
Santa Catarina. O evento, destinado aos técnicos de empresas e
fabricantes de papéis em busca de novos conceitos, atendeu às
expectativas ao realçar temas fundamentais.
Desta forma,
produtos que conferem maior resistência ao papel, reuso da água,
consumo de energia, reaproveitamento da fibra e como melhorar o
desempenho das máquinas foram assuntos amplamente debatidos.
“Este foi um bom momento para discutirmos sobre o processo de
reciclagem de aparas, para compreendermos o ciclo da matéria
prima e como ser mais efetivo na produção de papel”, comenta
Valmir Freitas, gerente de aplicações da Solenis e um dos
palestrantes do evento.
Ele discorreu sobre as
estratégias de tratamento de contaminantes em fibras recicladas
e produtos de resistência e performance, enfatizando as soluções
químicas que contribuem para a fabricação do papel reciclado.
Ainda em relação às inovações, Freitas destacou que existem
tecnologias que podem contribuir com a manutenção das
propriedades físicas ao longo do tempo.
Outro enfoque do
curso foram as combinações tecnológicas e gerenciamento químico
da parte úmida, que ajudam a aumentar o ciclo de vida da matéria
prima ou ainda maneiras de aproveitar melhor as aparas em todos
os ciclos de vida do processo. Já na questão do controle de
contaminantes, existem novas tecnologias nessa área, como o
provedor químico, que traz uma solução completa. “Mas vale
lembrar que tecnologias são importantes, mas as pessoas têm um
papel essencial em todo esse processo”, afirma Freitas.
Em complemento à fala do gerente, Wanderley Flosi,
vice-presidente da Solenis América Latina, acredita que, para a
companhia, foi de extrema importância estar próxima dos técnicos
fabricantes de papéis que atuam nas áreas de produção,
qualidade, laboratórios, manutenção e assistência técnica, bem
como das empresas que pretendem reciclar ou já reciclam aparas.
“Afinal, Caçador é um importante centro produtor de
papel na região Sul do Brasil. Trata-se de uma forma de estarmos
em contato direto com os usuários ou futuros usuários de nossas
soluções e tecnologias, falando sobre tendências e temas atuais,
como a reciclagem na indústria de papel”, considera Flosi. “Além
disso, temos vasta experiência no tratamento de contaminantes em
fibras recicladas e produtos de resistência e performance e,
durante nossa apresentação, compartilhamos este trabalho já
reconhecido pelo mercado”, completa.
De acordo com ele,
a possibilidade de estreitar de maneira direta o relacionamento
com um público de grande interesse para a Solenis foi o
diferencial que a levou a ser uma das patrocinadoras do curso.
“Em um evento como este, com ampla possibilidade de interação,
abre-se um importante espaço para apresentarmos e tirarmos
dúvidas sobre as nossas soluções, serviços e tecnologias de
ponta. Tudo isso em parceria com a ABTCP, o que agrega ainda
mais valor à nossa marca”, ressalta.
Flosi ressalta a
satisfação obtida com o evento: “A Solenis patrocinará todos os
cursos técnicos organizados pela ABTCP, justamente pela
oportunidade de relacionamento direto que proporciona junto aos
técnicos e outros profissionais que são potenciais usuários ou
já usuários de nossos produtos. Outro motivo de extrema
importância é o de que estes eventos estão onde as principais
indústrias de papel estão. Isto é de grande valor para a
Solenis. Queremos estar onde quer que a indústria papeleira
estiver”, destaca.
A Kadant também foi uma das
patrocinadoras. De acordo com Luiz Carlos Corrêa, responsável
pelo Marketing, a empresa mantém um projeto de capacitação
contínua de profissionais e também dos segmentos de mercado onde
atua e, por isso, associar a marca a eventos como este agrega
valor, já que são focados no alvo da companhia.
Já para
Marcelo Machado, diretor da área de Preparação de Massa na
Kadant, a reciclagem de aparas tem um papel importante para a
economia e para a sociedade. "As aparas são matérias primas de
alta qualidade e com custos interessantes, principalmente quando
o preço da celulose está alto em função do mercado internacional
ou do câmbio", ressalta. De acordo com ele, o curso foi muito
importante para a troca de experiências, apresentação de novos
conceitos e tecnologias, assim como para as definições de
processos para serem considerados nas linhas de produção que
operam com aparas como matérias primas.
Segundo Machado
esse tipo de tecnologia mudou bastante nos últimos anos.
"Tivemos grandes evoluções tecnológicas, melhorando processos e
facilitando a produção. A matéria prima também mudou, aumentando
o nível de contaminação. Com isso, fez-se necessário
investimentos em novos processos para atender esta nova demanda,
atendendo a constante busca para redução de custos operacionais
nas fábricas. Temos hoje processos mais compactos e
simplificados, trabalhando melhor", define.
Conforme o
diretor da empresa, o Brasil está aumentando o consumo e
utilização de aparas com o passar do tempo. "Temos ainda muitos
papéis fabricados no Brasil com fibras virgens e isto faz com
que nossas aparas apresentem boas características como matérias
primas", enfatiza. "Podemos dizer que, no Brasil, estamos no
primeiro ciclo de reciclagem das Aparas, enquanto vemos na
Europa que eles já estão no quinto ciclo. Temos ainda muito
potencial no Brasil", completa.
Para ele, a qualidade do
produto final está diretamente ligada à eficiência operacional
dos equipamentos e processos, que precisam ter todas as etapas
em funcionamento para se alcançar um bom resultado final. "Se um
processo se inicia errado, dificilmente ele consegue resultar em
um bom produto. Cada etapa deve operar conforme foi projetada,
atendendo e respeitando especificações do processo", explica.
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