Seminário de Meio Ambiente

Pegada hídrica

 

 




A ABTCP realizou o Seminário de Meio Ambiente, cujo tema foi Pegada Hídrica, no dia 30 de agosto no grupo CMPC, no Rio Grande do Sul. O evento abordou como é feito o monitoramento da estação de tratamento de efluentes do lago Guaíba, pela Celulose Rio Grandense, além de técnicas para a redução do consumo de água e de energia na produção de papel e celulose.

A Celulose Riograndense, que conta com uma fábrica no município de Guaíba, é reconhecida pelo seu mínimo impacto na devolução do efluente tratado ao lago Guaíba, de onde vem a água para o processo de produção de celulose. Depois de sua utilização, ela passa pelos tratamentos primário, secundário e terciário para ser novamente devolvida ao lago.

Segundo os técnicos da empresa, as análises de monitoramento para controle de toxicidade são feitas semanalmente, com índices bem abaixo da legislação. Outro destaque é que 99,7% dos resíduos resultantes do processo de fabricação da celulose são reciclados.

O iodo gerado na fábrica também é aproveitado e usado para retorno financeiro. O elemento químico passa por um processo de compostagem para ser, posteriormente, vendido ao mercado como fertilizante orgânico, substituindo o uso da terra preta retirada de banhados e matas.

O evento também abordou exemplos de redução do consumo de água devido ao menor o índice de efluentes para a produção de papel e celulose. Os técnicos ainda explicaram como os resíduos da produção da celulose gera energia para suprir as necessidades da fábrica. Segundo os especialistas, estes são queimados em uma caldeira e o vapor produzido faz as turbinas funcionarem.

O Seminário abordou ainda a redução de toxicidades em efluentes de fábricas de celulose para aumento da remoção de DBO/DQO, por Ivan Herrera Sosa da Buckman, e pegada hídrica, por Liziane Eymael da Veolia.

Reunião da Comissão Técnica de Meio Ambiente

Monitoramento e risco  de barragens e lagoas

Os participantes da Comissão Técnica de Meio Ambiente da ABTCP estiveram reunidos no dia 29 de agosto na CMPC em Guaíba, Rio Grande do Sul, para mais uma reunião. O tema central da pauta foi o monitoramento e o risco de barragens e lagoas, apresentado pelo geólogo Tiago Peixoto de Araújo.

Segundo o geólogo, a empresa precisa procurar profissionais capacitados quando precisar fazer uma sondagem para construção de barragem ou de um reservatório de água, devido ao alto risco de impacto ao meio ambiente, se houver ruptura. “As companhias não podem pensar em economizar e usar métodos não convenientes sondagem”, alerta.

Em obras de uso de terra, por exemplo, o problema principal de ruptura é o que envolve água. Para isso é preciso fazer um levantamento primário para indicar quais seriam os melhores pontos, incluindo sondagem geológica e geotécnica, de profundidade, mapeamento geológico e geotécnico, além da dinâmica hidrogeológica e hidrológica, que analisa o nível do lençol freático.

Araújo citou o exemplo dos prédios de Santos, que têm o formato da Torre de Pisa, devido a sua construção após uma sondagem antiga mal feita.

A reunião também abordou a Resolução do Conama sobre a redefinição de alguns pontos do sistema de licenciamento ambiental, que ainda está em andamento na Câmara Técnica de Controle Ambiental, além dos temas Logística Reversa e a adoção da ISO 20400 (Norma Internacional para Compras Sustentáveis) como ABNT NBR.

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